Adolescência

Adolescência

Desenvolvimento Motor

Segundo Oliveira (2001), toda seqüência básica do desenvolvimento motor está apoiada na seqüência de desenvolvimento do cérebro, visto que a mudança progressiva na capacidade motora de um indivíduo, desencadeada pela interação desse indivíduo com seu ambiente e com a tarefa em que ele esteja engajado. Em outras palavras, as características hereditárias de uma pessoa, combinada com condições ambientais específicas (como por exemplo, oportunidade para prática, encorajamento e instrução) e os próprios requerimentos da tarefa que o indivíduo desempenha, determinam a quantidade e a extensão da aquisição de destrezas motoras e a melhoria da aptidão (GALLAHUE; OZMUN, 2002). Elementos básicos do desenvolvimento motor



Aprendizagem Motora

Aprendizagem Motora
O aprendizagem motora representa um aspecto do processo desenvolvimentista total e está intrinsecamente inter-relacionado às áreas cognitivas e afetivas do comportamento humano, sendo influenciado por muitos fatores. A importância do desenvolvimento motor ideal não deve ser minimizada ou considerada como secundária em relação a outras áreas do desenvolvimento.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Aprendizagem

Aprendizagem


O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, e isso vai ocorrer por toda a sua vida, necessitando de estimulos externos e internos (motivação, necessidade) para o aprendizado. Há aprendizados que podem ser considerados natos, como o ato de aprender a falar, a andar, necessitando que ele passe pelo pro processo de maturação física, psicologico e social. Na maioria dos casos a aprendizagem se dá no meio social e temporal em que o idivíduo convive; sua conduta muda, normalmente, por esses fatores, e por predisposições genéticas.

Segundo GALLAHUE, (2005) O aprendizado é; "Processo interno que produz alterações consistentes no comportamento individual em decorrência das interações da experiência, da educação e do treinamento com processo biológico. É um fenômeno no qual a experiência é pré-requisito, o desenvolvimento, em oposição, é um processo que pode ocorrer independentemente da experiência".
Como se aprende

Cientes de toda complexidade (Morin,1997) que nossa corporeidade envolve, observando o mundo, raciocinando e acrescentando o termo pluralidade a esse pensamento, descobre-se que o planeta é de fato contextualizado por diversas pluralidades, sejam elas, de religião, etnia ou qualquer tipo de gostos pessoais, e não poderia ser diferente quando se fala em educação e escola.

No Brasil em sua ampla maioria há escolas com professores em geral, inclusive os de Educação Física, às vezes sem autonomia, dando aulas não direcionadas à especificidade de aprendizado, ou até mesmo, facilidades ou especialidades que cada aluno possa ter; José Pacheco (Educador português/ Escola da Ponte) cita que: “Cada ser humano é único e irrepetível, ipso facto, o trajeto de desenvolvimento de cada aluno é também único e irrepetível.” Para ajudar a quebrar um paradigma de aulas lecionadas e direcionadas somente para habilidades lingüística e lógico matemática Howard Gardner (1985), criou A Teoria das Inteligências Múltiplas, (Espacial, Cinestésica, Musical, Línguística, Lógico-matemática, Interpessoal e Intrapessoal); segundo ele, “todos os indivíduos normais são capazes de uma atuação em pelo menos sete diferentes e,até certo ponto, independentes áreas intelectuais”.

Qualquer aula de Educação Física, seja ela dada em qualquer espaço em que possa ser aproveitada nesse mundo, tem que ser dotada de reciprocidade (interações), discernimento, pluralidades, complexidade e corporeidade; porque qualquer gesto negativo ou de negação do professor para com seu aluno ou desse aluno com seu colega, pode ser catastrófico para qualquer tipo de relações futuras entre esses seres “iluminados”.

Uma aula com interações de ensino-aprendizado mútuos (professor/aluno e aluno/colega), baseadas na teoria da complexidade e anel tetralógico de Morin(1997), pode ser uma grande oportunidade de uma aula mais democrática, de livre expressão e consequentemente também de infinitas noções de aprendizado; Morin ressalta que estas noções são relativas e relacionais entre si, o que introduz a complexidade lógica: “temos de pôr desordem na noção de ordem; temos de pôr ordem na noção de desordem” (1997,p.79).

O que interfere na aprendizagem:

Torna-se cada vez maior a preocupação dos pais em acertar na educação dos filhos. Muitas vezes aqueles se perguntam onde foi que erraram para que o filho tivesse a dificuldade que hoje tem.

Piletti (1984) considera, assim como diversos outros autores, que as primeiras experiências educacionais da criança, geralmente são proporcionadas pela família.

Nossa sociedade, caracterizada por situações de injustiça e desigualdade, criam famílias que lutam com mil e uma dificuldades para sobreviver. Esses problemas atingem as crianças, que enfrentam inúmeras dificuldades para aprender.

Alguns dos principais fatores etiológicos -sociais que interferem na aprendizagem são :

• Carências afetivas;

• Deficientes condições habitacionais, sanitárias, de higiene e de nutrição;

• Pobreza da estimulação precoce;

• Privações lúdicas, psicomotoras, simbólicas e cultural;

• Ambientes repressivos;

• Nível elevado de ansiedade;

• Relações interfamiliares;

• Hospitalismo;

• Métodos de ensino impróprios e inadequados.

Para Smith & Strick (p.31, 2001) um ambiente estimulante e encorajador em casa produz estudantes adaptáveis e muito dispostos a aprender, mesmo entre crianças cuja saúde ou inteligência foi comprometida de alguma maneira.

Inúmeras pesquisas apontam que o maior índice que interfere no processo de aprendizagem, ocorre com crianças pobres. Nessas pesquisas, as explicações apontadas para o problema deste fracasso escolar dizem respeito à condição econômica da família.

Ainda pode-se evidenciar entre alguns professores a associação da imagem do mau aluno na criança carente. Não é lícito estabelecer uma regra geral e inflexível atribuindo a todos os casos de problemas de aprendizagem um mesmo diagnóstico ou um enfoque generalizador.

Segundo Paín (p.33, 1985) o fator ambiental é, especialmente determinante no diagnóstico do problema de aprendizagem, na medida em que nos permite compreender sua coincidência com a ideologia e os valores vigentes no grupo.

Por isso, cada caso deve ser avaliado particularmente, incluindo na avaliação o entorno familiar e escolar. Se os problemas de aprendizagem estão presentes no ambiente escolar e ausentes nos outros lugares, o problema deve estar no ambiente de aprendizado. Às vezes, a própria escola, com todas as suas fontes de tensão e ansiedade, podem estar agravando ou causando as dificuldades na aprendizagem.

Quanto à estrutura familiar, nem todos os alunos pertencem a famílias, com recursos suficientes para uma vida digna. Normalmente, verificam-se situações diversas: os pais estão separados e o aluno vive com um deles; o aluno é órfão; o aluno vive num lar desunido; o aluno vive com algum parente; etc. Muitas vezes, essas situações trazem obstáculos à aprendizagem, não oferecem à criança um mínimo de recursos materiais, de carinho, compreensão, amor.

Alguns tipos de educação familiar muito comum em nossa sociedade são bastante inadequados e trazem conseqüências negativas para aprendizagem. Os pais podem influenciar a aprendizagem de seus filhos através de atitudes e valores que passam a eles.

Classificam os pais nas seguintes categorias:

—pais autoritários- manifestam altos níveis de controle, de exigências, de amadurecimento, porém baixos níveis de comunicação e afeto explícito. Os filhos tendem a ser obedientes ordeiros e pouco agressivos, porém tímidos e pouco persistentes no momento de perseguir metas; baixa auto-estima e dependência; filhos pouco alegres, mais coléricos, apreensivos, infelizes, facilmente irritáveis e vulneráveis às tensões, devido à falta de comunicação desses pais.

—pais permissivos- pouco controle e exigências de amadurecimento, mas muita comunicação e afeto; costumam consultar os filhos por ocasião de tomada de decisões que envolvem a família, porém não exigem dos filhos, responsabilidade e ordem; estes, tendem a ter problemas no controle de impulsos, dificuldade no momento de assumir responsabilidade; são imaturos, têm baixa auto-estima, porém são mais alegres e vivos que os de pais autoritários.

—pais democráticos - níveis altos tanto de comunicação e afeto, como de controle e exigência de amadurecimento; são pais afetuosos, reforçam com freqüência o comportamento da criança e tentam evitar o castigo; correspondem às solicitações de atenção da criança; esta tende a ter níveis altos de autocontrole e auto-estima, maior capacidade para enfrentar situações novas e persistência nas tarefas que iniciam; geralmente são interativos, independentes e carinhosos; costumam ser crianças com valores morais interiorizados (julgam os atos, não em função das conseqüências que advêm deles, mas sim, pelos propósitos que os inspiram).

Mussen (1970) interpreta essas conclusões em termos de aprendizagem e generalização social: os lares tolerantes e democráticos encorajam e recompensam a curiosidade, a exploração e a experimentação, as tentativas para lidar com novos problemas e a expressão de idéias e sentimentos. Uma vez aprendidas e fortalecidas em família, essas atividades se generalizam na escola.

A educação familiar adequada é feita com amor, paciência e coerência, pois desenvolve nos filhos autoconfiança e espontaneidade, que favorecem a disposição para aprender.

Paín (p. 33, 1985) destaca que embora o fator ambiental incida mais sobre os problemas escolares do que sobre os problemas de aprendizagem propriamente ditos, esta variável pesa muito sobre a possibilidade do sujeito compensar ou descompensar o quadro.

Dentro da escola existem, entre outros, quatro fatores que podem afetar a aprendizagem: o professor, a relação entre os alunos, os métodos de ensino e o ambiente escolar.

O autoritarismo e a inimizade geram antipatia por parte dos alunos. A antipatia em relação ao professor faz com que os alunos associem a matéria ao professor e reajam negativamente ambos.

A relação entre os alunos será influenciada pela relação que o professor estabelece com os alunos: um professor dominador e autoritário estimula os alunos a assumirem comportamentos de dominação e autoritarismo em relação a seus colegas. Para aprender, o aluno precisa de um ambiente de confiança, respeito e colaboração com os colegas.

Os métodos de ensino também podem prejudicar a aprendizagem. Se o professor for autoritário e dominador, não permitirá que os alunos se manifestem, participem, aprendam por si mesmos. Esse tipo de professor considera-se dono do saber e procurará transmitir esse saber aos alunos, que deverão permanecer passivos, receber o que o professor lhes dá e devolver na prova.

O ambiente escolar também exerce muita influência na aprendizagem, o tipo de sala de aula, a disposição das carteiras e a posição dos alunos, por exemplo, são aspectos importantes. Uma sala mal iluminada e sem ventilação, em que os alunos permanecem sempre sentados na mesma posição, cada um olhando as costas do que está na frente, certamente é um ambiente que pode favorecer a submissão, a passividade e a dependência, e não favorece o trabalho livre e criativo.

Outro aspecto a considerar, em relação ao ambiente escolar, refere-se ao material de trabalho colocado à disposição dos alunos.

É evidente que com salas abarrotadas de alunos o trabalho se torna mais difícil. O número de alunos deve possibilitar ao professor um atendimento individual, baseado num conhecimento de todos eles.

A administração da escola, diretor e outros funcionários também podem influenciar de forma negativa ou positiva a aprendizagem. Se os alunos forem respeitados, valorizados e merecerem atenção por parte da administração, a influência será positiva. Se, ao contrário, predominar a prepotência, o descaso e o desrespeito, a influência será negativa.

De acordo com Paín (p.33, 1985) o problema de aprendizagem que se apresenta em cada caso terá um significado diferente porque é diferente a norma contra a qual atenta e a expectativa que desqualifica.

Tanto os pais como os professores devem estar atentos quanto o processo de aprendizagem, tentando descobrir novas estratégias, novos recursos que levem a criança ao aprendizado.

Percebe-se que se os pais souberem do poder e da força dos seus contatos com seu filho, se forem orientados sobre a importância da estimulação precoce e das relações saudáveis em família, os distúrbios de aprendizagem poderão ser minimizados.

Considera-se de fundamental importância para o desenvolvimento posterior da criança e para sua aprendizagem escolar, os sentimentos que os pais nutrem por ela durante os anos anteriores à escola.

É, sobretudo, à família, às suas características culturais ou situação econômica, que predominantemente se atribui à responsabilidade pela presença ou ausência das pré-condições de aprendizagem na criança.

No âmbito escolar, certas qualidades do professor, como paciência, dedicação, vontade de ajudar e atitude democrática, facilitam a aprendizagem. Ao contrário, o autoritarismo, a inimizade e o desinteresse podem levar o aluno a desinteressar-se e não aprender.

Além disso, métodos didáticos que possibilitam a livre participação do aluno, a discussão e a troca de idéias com os colegas e a elaboração pessoal do conhecimento das diversas matérias, contribuem de forma decisiva para a aprendizagem e desenvolvimento da personalidade dos educandos.

É importante que o professor e o futuro professor pensem sobre sua grande responsabilidade, principalmente em relação aos alunos dos primeiros anos, sobre os quais, a influência do professor é maior.

Conclusão

Entendemos que: é possível obter grandes resultados a cerca da aprendizagem e do desenvolvimento, desde que venhamos respeitar o educando observando nele sua capacidade de absorção de aprendizado. Como podemos ver no texto anterior, isso se torna mais fácil quando executado em sincronia de professor aluno, pais e filhos, professores e pais, tornando melhor o desempenho do aluno. É muito importante que as diferenças sociais e raciais sejam minimizadas, pois afinal a discriminação existe e é um fator muito prejudicial para o aprendizado. Temos que fazer o possível para quebrar os preconceitos que são um dos fatores que faz com que o aluno venha coagir mediante esta situação.





REFERÊNCIAS

PAÍN, Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.

PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional. São Paulo: Ática,1999.

SMITH & STRICK. Dificuldades de Aprendizagem de A a Z . São Paulo: Artes Médicas, 2001.

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/4419/1/Fatores-Que-Interferem-Na-Aprendizagem/pagina1.html

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